quinta-feira, 28 de maio de 2015

Escândalo na FIFA

Quem são os detidos e o que se sabe, para já, sobre o escândalo no organismo que regula o futebol mundial.


Um dos envolvidos no processo investigado pela Justiça norte-americana, é José Hawilla, dono da Traffic, empresa de marketing desportivo que detém ainda na sua vasta carteira de negócios a maioria das ações da SAD do Estoril-Praia. O empresário devolveu 151 milhões de dólares (137 milhões de euros) ao fazer um acordo e assinar sua confissão. Em 12 de dezembro do ano passado, Hawilla, de 71 anos, assumiu as acusações de conspiração por fraude eletrónica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. No dia 14 de maio deste ano, foi considerado culpado por fraude bancária.
Entre os que estão a ser investigados está também Aaron Davidson, que é presidente executivo da Traffic USA e Traffic International, cargos que acumula com o de presidente da Liga Norte-americana de Futebol

O que se sabe até agora do escândalo na FIFA

- As autoridades detiveram sete dirigentes, atuais e antigos, da FIFA, em Zurique, quando se encontravam num hotel na cidade, por suspeita de corrupção.
- A detenção foi levada a cabo por mais de uma dezena de agentes da polícia suíça à paisana, que apareceram de surpresa no luxuoso hotel Baur au Lac, onde os dirigentes se reuniam para o seu encontro anual.

- A sede da FIFA também foi alvo de buscas e foram apreendidos computadores e papéis.
- Os suspeitos fazem alegamente parte de um esquema que envolverá subornos que ascederão a mais de 138 milhões de euros, ao longo de 20 anos.

- "A acusação alega uma corrupção descontrolada, sistémica e profundamente enraizada no estrangeiro e nos EUA", afirmou a procuradora-geral norte-americana Loretta Lynch.
- Os procuradores suíços abriram processos criminais em separado relativos à atribuição dos Campeonatos do Mundo de Futebol de 2018 e 2022.

- A sede Associação de Futebol da América do Norte, Central e Caraíbas (CONCACAF), em Miami, também foi alvo de buscas.

- A FIFA diz que as eleições para a presidência mantêm-se marcadas para a próxima sexta-feira, 29.



- Um porta-voz adiantou também, em conferência de imprensa, que o Mundial continuará agendado para a Rússia em 2018 e para o Qatar em 2022.
 - Os dirigentes detidos são Jeffrey Webb, Eduardo Li, Julio Rocha, Costas Takkas, Eugenio Figueredo, Rafael Esquivel e José Maria Marin.

-  Jeffrey Webb é atualmente vice-presidente da FIFA e presidente da CONCACAF, que equivale à europeia UEFA.

-  Eduardo Li, 56 anos, é presidente da associação de futebol da Costa Rica e também membro da comissão executiva da FIFA

- Julio Rocha, 64 é presidente da Federação de Futebol da Nicarágua e também diretor de desenvolvimento da FIFA.

- Costas Takkas, 58, anos, é ex-secretário-geral da associação de futebol das Ilhas Caimão e é adido do presidente da CONCACAF.


- Eugenio Figueredo, 83 anos, é um antigo futebolista do Uruguai e responsável da Associação Uruguaia de Futebol. É também vice-presidente da FIFA, presidente da Confederação da América do Sul (Conmebol) e membro do comité executivo da FIFA.



- Rafael Esquivel, 68 anos, é presidente da federação venezuelana de futebol desde 1988 e faz parte do comité executivo da Conmebol.

- José Maria Marin já foi presidente da federação brasileira de futebol e foi presidente do comité organizador do Mundial de Futebol no Brasil.
- Outros sete foram acusados no caso - cinco funcionários do departamento de media e marketing e dois ex-responsáveis:  Jack Warner (antigo vice-presidente), Nicolás Leoz, Alejandro Burzaco, Aaron Davidson, Hugo Jinkis, Mariano Jinkis, e José Margulies.

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